ser misturados, às vezes até contraditórios, mas o que importa mesmo é ver a felicidade estampada em seus olhos.
O nascimento de um filho especial também é assim. Apesar de algumas dúvidas que surgem e alguns medos são colocados à mostra, nossa impotência frente aquele serzinho, muitas vezes mais frágil do que o normal; mas o que nos move é a certeza de que o amamos incondicionalmente e faremos de tudo para protegê-lo.
Quando estamos cercados por familiares e amigos amorosos, que nos apoiam na difícil arte de educar, deixamos esses pensamentos – o preconceito, a aceitação - de lado e tudo o que nos move é o amor. Esses sentimentos passam a parece meio ultrapassado frente a um mundo tão modificado. Será???
Eis que o processo de desenvolvimento de seu filho especial se acentua e sua bolha precisa ser rompida, o que não parece ser um problema. Os medos de mãe ficam aflorados, mas a “garantia” pelas leis da inclusão (e são várias!) e pelos avanços humanitários tranquilizam um coração superprotetor. Começa-se então a difícil escolha de uma escola, um local que irá reproduzir parte do ensinamento que é dado em casa. Um local que deverá transmitir segurança, conforto e aprendizado.
Levando em conta nosso núcleo familiar, renda, religião e afins, definimos então as possíveis escolas para nosso filho. Escolas bem referenciadas no mercado e que prometem - em sua proposta pedagógica - um local de respeito à integridade e individualidade de cada criança.
A verdade então temida aparece! Nas tentativas de marcar uma entrevista, todas as escolas mostram-se animada em receber esse novo membro, dizendo haver vaga para o período letivo de 2013, até que a condição de especial é revelada. O discurso muda e tudo o que se pode ouvir é que a escola não tem preparo para esse tipo de atendimento.
Frente a esse ambiente de frustrações e negativas, saber que uma escola está aberta a inclusão, muda o rumo de nossos pensamentos e pensamos, realmente, que podemos incluir nosso filho na comunidade escolar. Não como criança especial, mas acima de tudo como indivíduo.
Dá-se então o período de entrevistas. Entrevista com os pais e entrevista com a criança. E, o saldo aparece: Seu filho é uma criança muito bem desenvolvida e teremos muito prazer em aceita-lo em nossa escola. A alegria é notável. A esperança renasce. Preenchemos os inúmeros formulários de matrícula e nossa ansiedade é aplacada.
Depois de todo o processo feito, inicia-se a espera pelo início do ano letivo, cheio de expectativas.
Então, para nossa surpresa, somos convidados a retornar a escola. A princípio não entendo bem pra quê, mas a coordenadora insiste em nossa presença. Vou à escola com toda minha energia renovada, pensando em como poderemos ser felizes nesse ambiente, que, aparentemente, se encaixa com nossos valores (cristãos) e com o que queremos ensinar ao nosso filho.
Assim que entro, sem nenhum rodeio, sou informada de que a permanência de nosso filho na escola está condicionada à contratação de um professor que deverá acompanha-lo em todo período escolar, e que deve ser custeado pela família.
Não entendo muito bem e passo a questionar quais razões levaram a escola a se portar dessa maneira, afinal de contas, meu filho havia sido muito bem avaliado no período de entrevistas. Passo então a ouvir frases como, seu filho é uma criança frágil (e como não seria, afinal ele só tem 2 anos!) e tem uma condição especial (sim, ele tem síndrome de down).
Sem querer saber a resposta, mas certa de qual seria, pergunto se o mesmo seria exigido a uma criança “normal”, mas com o mesmo desenvolvimento de meu filho e, sem surpresa, a coordenadora dá a entender que não.
Quero deixar claro, que eu nenhum momento estou ignorando o fato de que algumas crianças especiais necessitam de suporte no seu processo de aprendizagem. Assim como muitas crianças “normais” com dificuldade de aprendizagem. Mas o que faz a escola se portar assim frente a uma criança de 2 anos, sem ao menos ter dado chance a ela.
A frustração é o sentimento que nos move nos últimos dias. Frustração por não sermos capaz de proteger nosso filho pra sempre da ignorância e do preconceito.
A escola, não deu chance ao nosso filho, não tentou.
Mas nós NUNCA DESISTIREMOS.
Quando estamos cercados por familiares e amigos amorosos, que nos apoiam na difícil arte de educar, deixamos esses pensamentos – o preconceito, a aceitação - de lado e tudo o que nos move é o amor. Esses sentimentos passam a parece meio ultrapassado frente a um mundo tão modificado. Será???
Eis que o processo de desenvolvimento de seu filho especial se acentua e sua bolha precisa ser rompida, o que não parece ser um problema. Os medos de mãe ficam aflorados, mas a “garantia” pelas leis da inclusão (e são várias!) e pelos avanços humanitários tranquilizam um coração superprotetor. Começa-se então a difícil escolha de uma escola, um local que irá reproduzir parte do ensinamento que é dado em casa. Um local que deverá transmitir segurança, conforto e aprendizado.
Levando em conta nosso núcleo familiar, renda, religião e afins, definimos então as possíveis escolas para nosso filho. Escolas bem referenciadas no mercado e que prometem - em sua proposta pedagógica - um local de respeito à integridade e individualidade de cada criança.
A verdade então temida aparece! Nas tentativas de marcar uma entrevista, todas as escolas mostram-se animada em receber esse novo membro, dizendo haver vaga para o período letivo de 2013, até que a condição de especial é revelada. O discurso muda e tudo o que se pode ouvir é que a escola não tem preparo para esse tipo de atendimento.
Frente a esse ambiente de frustrações e negativas, saber que uma escola está aberta a inclusão, muda o rumo de nossos pensamentos e pensamos, realmente, que podemos incluir nosso filho na comunidade escolar. Não como criança especial, mas acima de tudo como indivíduo.
Dá-se então o período de entrevistas. Entrevista com os pais e entrevista com a criança. E, o saldo aparece: Seu filho é uma criança muito bem desenvolvida e teremos muito prazer em aceita-lo em nossa escola. A alegria é notável. A esperança renasce. Preenchemos os inúmeros formulários de matrícula e nossa ansiedade é aplacada.
Depois de todo o processo feito, inicia-se a espera pelo início do ano letivo, cheio de expectativas.
Então, para nossa surpresa, somos convidados a retornar a escola. A princípio não entendo bem pra quê, mas a coordenadora insiste em nossa presença. Vou à escola com toda minha energia renovada, pensando em como poderemos ser felizes nesse ambiente, que, aparentemente, se encaixa com nossos valores (cristãos) e com o que queremos ensinar ao nosso filho.
Assim que entro, sem nenhum rodeio, sou informada de que a permanência de nosso filho na escola está condicionada à contratação de um professor que deverá acompanha-lo em todo período escolar, e que deve ser custeado pela família.
Não entendo muito bem e passo a questionar quais razões levaram a escola a se portar dessa maneira, afinal de contas, meu filho havia sido muito bem avaliado no período de entrevistas. Passo então a ouvir frases como, seu filho é uma criança frágil (e como não seria, afinal ele só tem 2 anos!) e tem uma condição especial (sim, ele tem síndrome de down).
Sem querer saber a resposta, mas certa de qual seria, pergunto se o mesmo seria exigido a uma criança “normal”, mas com o mesmo desenvolvimento de meu filho e, sem surpresa, a coordenadora dá a entender que não.
Quero deixar claro, que eu nenhum momento estou ignorando o fato de que algumas crianças especiais necessitam de suporte no seu processo de aprendizagem. Assim como muitas crianças “normais” com dificuldade de aprendizagem. Mas o que faz a escola se portar assim frente a uma criança de 2 anos, sem ao menos ter dado chance a ela.
A frustração é o sentimento que nos move nos últimos dias. Frustração por não sermos capaz de proteger nosso filho pra sempre da ignorância e do preconceito.
A escola, não deu chance ao nosso filho, não tentou.
Mas nós NUNCA DESISTIREMOS.