Os dias iam passando e a angústia e tristeza iam tomando conta de mim. Em um determinado momento, parei de tentar me relacionar com as "novas" mães, o que para quem me conhece sabe o quanto isso é difícil. Não aguentava mais me apegar às pessoas, compartilhar suas histórias e depois vê-las partir. Posso dizer que foi nesse momento que me dei conta de que as coisas não estavam bem. Apesar de todo desenvolvimento do Miguel e suas novas conquistas, eu não estava bem. Não aguentava mais aquela situação, estava próxima de um colapso, mas não achava justo me sentir assim. E esse, com certeza, foi um dos maiores aprendizados que pude ter com o meu filho: não desistir!
Depois de 60 dias na UTI, recebi uma notícia que transformaria tudo: Miguel iria para o berço, colocaria sua primeira roupinha. Só de pensar em vê-lo fora daquela incubadora, meu coração transbordou de alegria. Aquele, sem dúvida, foi um dia muito especial. Cada peça de roupa foi colocada com todo cuidado naquele pequeno corpinho. E a emoção de vê-lo, com seu macacão amarelo, feito para seu primeiro dia de vida por sua avó (Nonno), com os dizeres: "Como é grande o meu amor por você", foi partilhada com toda a equipe. Miguel naquele momento nascia, de novo, para uma nova vida.
Por já estar a muito tempo na UTI e ainda estar usando sonda de alimentação, Miguel não pôde ficar no berço normal, sendo levado para a sala dos crônicos. A princípio fiquei muito chateada com essa decisão, já que não poderia "exibir" meu pequeno guerreiro para o mundo, mas depois entendi e aceitei aquela decisão e hoje tenho certeza de que não poderia ter sido melhor. Naquela pequena sala, isolada de todo resto da UTI, aprendi a cuidar do meu pequeno. Podia pegá-lo a qualquer momento e passei a ser sua cuidadora, pelo menos das 9 às 21 horas. Aprendi muito naquele pequeno espaço.
Os dias se passaram, Miguel foi adquirindo sua independência da sonda e nossa ida para casa parecia cada dia mais próxima. Sempre imaginei que seria a pessoa mais feliz do mundo nesse dia. Nunca podia imaginar que me sentiria como me senti.
Fomos informados, que no dia 5 de novembro, 90 dias após o seu nascimento, Miguel poderia ir pra casa. Sua despedida da UTI começou um dia antes, pra que pudéssemos nos despedir de todos aqueles que nos ajudaram na nossa maior vitória. Uma festa só! Tiramos fotos com todos. Naquele dia fomos pra casa muito ansiosos. Faltavam poucas horas pra que nosso pequeno estivesse em casa conosco. Aquele seria o último dia em que teríamos que nos despedir dele.
Tudo estava caminhando bem.... pelo menos era o que eu achava. Na manhã do dia 5 a ansiedade tomou conta de toda nossa família. Minha mãe, como sempre, muito prestativa e companheira, veio para casa para preparar os últimos detalhes. Fomos para a maternidade munidos de sacola, bebê conforto, carrinho... tudo milimetricamente pensado e preparado para que aquele fosse um dia sem igual. Só não podia contar com um pequeno detalhe: assim que chegamos na maternidade e todos os trâmites para nossa saída já haviam sido realizados, fui surpreendida por um "ataque" de dor de barriga. Começei a suar como nunca havia sentido antes.
Apesar de todas as dificuldades que vivemos naqueles 90 dias, me dei conta de que estávamos protegidos na UTI. Que lá, o Miguel estaria monitorado 24 horas e que nada passaria despercebido. Mas, e em casa? Eu seria capaz de perceber se algo estivesse errado? Esse será o próximo capítulo desta história!
Hoje tenho certeza de que o tempo que passamos na UTI não foi importante só pro Miguel e sim, e fundamentalmente, para nós aceitarmos o Miguel. Como nos disse uma mulher muito sábia, lutamos tanto pela vida do Miguel nesses noventa dias, que sua síndrome perdeu a importância. Queríamos muito nosso filho vivo e só isso nos importava.
Agradeço e rezo todos os dias por todos os que compartilharam esses momentos com a gente e que fizeram com que esse milagre em nossa vida fosse possível. Vocês fazem parte desta história!
Depois de 60 dias na UTI, recebi uma notícia que transformaria tudo: Miguel iria para o berço, colocaria sua primeira roupinha. Só de pensar em vê-lo fora daquela incubadora, meu coração transbordou de alegria. Aquele, sem dúvida, foi um dia muito especial. Cada peça de roupa foi colocada com todo cuidado naquele pequeno corpinho. E a emoção de vê-lo, com seu macacão amarelo, feito para seu primeiro dia de vida por sua avó (Nonno), com os dizeres: "Como é grande o meu amor por você", foi partilhada com toda a equipe. Miguel naquele momento nascia, de novo, para uma nova vida.
Por já estar a muito tempo na UTI e ainda estar usando sonda de alimentação, Miguel não pôde ficar no berço normal, sendo levado para a sala dos crônicos. A princípio fiquei muito chateada com essa decisão, já que não poderia "exibir" meu pequeno guerreiro para o mundo, mas depois entendi e aceitei aquela decisão e hoje tenho certeza de que não poderia ter sido melhor. Naquela pequena sala, isolada de todo resto da UTI, aprendi a cuidar do meu pequeno. Podia pegá-lo a qualquer momento e passei a ser sua cuidadora, pelo menos das 9 às 21 horas. Aprendi muito naquele pequeno espaço.
Os dias se passaram, Miguel foi adquirindo sua independência da sonda e nossa ida para casa parecia cada dia mais próxima. Sempre imaginei que seria a pessoa mais feliz do mundo nesse dia. Nunca podia imaginar que me sentiria como me senti.
Fomos informados, que no dia 5 de novembro, 90 dias após o seu nascimento, Miguel poderia ir pra casa. Sua despedida da UTI começou um dia antes, pra que pudéssemos nos despedir de todos aqueles que nos ajudaram na nossa maior vitória. Uma festa só! Tiramos fotos com todos. Naquele dia fomos pra casa muito ansiosos. Faltavam poucas horas pra que nosso pequeno estivesse em casa conosco. Aquele seria o último dia em que teríamos que nos despedir dele.
Tudo estava caminhando bem.... pelo menos era o que eu achava. Na manhã do dia 5 a ansiedade tomou conta de toda nossa família. Minha mãe, como sempre, muito prestativa e companheira, veio para casa para preparar os últimos detalhes. Fomos para a maternidade munidos de sacola, bebê conforto, carrinho... tudo milimetricamente pensado e preparado para que aquele fosse um dia sem igual. Só não podia contar com um pequeno detalhe: assim que chegamos na maternidade e todos os trâmites para nossa saída já haviam sido realizados, fui surpreendida por um "ataque" de dor de barriga. Começei a suar como nunca havia sentido antes.
Apesar de todas as dificuldades que vivemos naqueles 90 dias, me dei conta de que estávamos protegidos na UTI. Que lá, o Miguel estaria monitorado 24 horas e que nada passaria despercebido. Mas, e em casa? Eu seria capaz de perceber se algo estivesse errado? Esse será o próximo capítulo desta história!
Hoje tenho certeza de que o tempo que passamos na UTI não foi importante só pro Miguel e sim, e fundamentalmente, para nós aceitarmos o Miguel. Como nos disse uma mulher muito sábia, lutamos tanto pela vida do Miguel nesses noventa dias, que sua síndrome perdeu a importância. Queríamos muito nosso filho vivo e só isso nos importava.
Agradeço e rezo todos os dias por todos os que compartilharam esses momentos com a gente e que fizeram com que esse milagre em nossa vida fosse possível. Vocês fazem parte desta história!
Ai, que lindo!
ResponderExcluirQuanto amor nessas palavras.
Me emociono sempre com seus posts.
Beijos grandes
Flávia.
...fico aqui aguardando ansiosa seus posts e realmente a gente aprende com eles...
ResponderExcluirbjokas
http://soumaepravaler.blogspot.com
Cada post que leio percebo que pessoa iluminada que vc é, com certeza o seu Miguel LINDO não poderia ter "escolhido" uma família melhor...
ResponderExcluirObrigada por compartilhar! Cada post é um aprendizado!
beijos
Fe!
ResponderExcluirComo esquecer da foto do Mig com o macacãozinho amarelo... a alegria imensa que nos invadiu!
E hoje essa gostosura de menino que adora ganhar beijo de esquimó... ai ai
Fernanda,
ResponderExcluirsua história é linda, e muito emocionante!
beijos